17 de Fevereiro de 2008

Perguntas de duplo sentido? O guia definitivo para quem sempre caía nelas. (Parte 2 - por Rodrigo Almeida)

Continuamos com nosso guia para perguntas de duplo sentido, iniciado no mês passado. Ao final do guia, você pode imprimir todas as dicas e levar sempre com você, caro nerd vacilão!

E qual é o aumentativo de dacueba?

Se liga, rapaz! A palavra “dacueba” não existe em dicionário nenhum. Trata-se apenas de um jeito sórdido de tentar você falar “dacuebão”, que soaria como “dar cu é bom”. Assim que você falar isso, todas as outras resposta inteligentes que você deu antes irão por água abaixo. Mas, calma. Tudo vai dar certo. O primeiro método de evitar o golpe é dizer “dacuebaço”.

Mas existe ainda um contra-golpe. Ao ouvir o desafio, faça uma cara confusa e murmure algo propositalmente incompreensível, e num tom de voz abaixo do audível. Algo como “toviassu”. Quando seu oponente perguntar “o quê?”, diga em alto e bom tom: “Todo viado é surdo!”.

Será a glória. Seu prestígio entre a galera está cada vez mais sólido. Seus amigos sempre vão te escolher entre os primeiros na hora de formar um time para jogar uma pelada. Jamais vai ser barrado no primeiro jogo, para fazer a de fora. E mesmo quando você jogar mal, ninguém vai te dar esporro.
Obs.: Esse processo serve também para o caso do “pirueba” e suas variações.


Meu pai está pensando em fazer um churrasco. Com 30 quilos de carne dá pra 20 comer?

Cuidado! Esta é perigosa ao extremo. O malandro na sua frente quer que você pense “Se cada pessoa come menos de um quilo de carne, 30 quilos são o bastante para 20 comerem”. Aí você responde “sim” e vira um otário.

Na verdade, ele está perguntando “Com 30 quilos de carne dá para vim te comer?” Sim, há um erro gramatical nessa frase, pois o certo seria “vir te comer”. Mas ninguém vai ligar para isso quando você disser “dá, sim!”. Então jamais diga isso, nem acene a cabeça que sim.

Diga “Acho que não. Mas também não sou bom de contas. Como você, certo?” O cara vai ficar confuso e vai acabar dizendo “certo”. Nesse caso, foi você que o fez de trouxa. Perceba que sua última frase pode ser interpretada como “Eu como você, certo?”. Se seus colegas não perceberem, chame a atenção para o fato.

Você é quem manda agora. Quando aquela gordinha que todos seus vizinhos pegaram aparecer grávida, todos vão livrar sua cara. Mesmo que pelos cálculos você seja o mais suspeito de ser o pai da criança, seus amigos vão dizer que o filho pode ser de qualquer um deles, menos seu.


Na próxima edição tem mais!

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