Macaco movimenta robô em outro país, com seu pensamento!


Na última quinta-feira, a macaca Idoya, de 5,4 quilogramas e 81 centímetros de comprimento, fez com que um robô humanóide de 91 quilogramas e 1,5 metro de altura caminhasse em uma esteira mecânica usando apenas a atividade cerebral dela. Idoya estava na Carolina do Norte, e o robô no Japão. Esta foi a primeira fez em que sinais cerebrais foram utilizados para fazer um robô andar.
Em 2003, uma equipe de cientistas provou que os macacos poderiam usar apenas os seus pensamentos para controlar um braço robótico a fim de alcançar e segurar objetos. Nicolelis, diretor do projeto, diz que tais experimentos são os primeiros passos rumo a uma interface cérebro-computador que poderia permitir que pessoas paralisadas caminhassem ao comandar dispositivos com os seus pensamentos.
Durante os preparativos para o experimento, Idoya foi treinada para caminhar de pé em uma esteira. Ela apoiou-se em uma barra com as mãos e recebeu petiscos à medida que caminhava em velocidades diferentes, para frente e para trás, 15 minutos por dia, três dias por semana, durante dois meses. O seu padrão de caminhada e os seus sinais cerebrais foram coletados, armazenados em computador etransmitidos por uma conexão de Internet de alta velocidade para um robô em Kyoto, no Japão. O robô, chamado CB, as iniciais de Computational Brain(Cérebro Computacional), conta com a mesma mobilidade que um ser humano. Ele é capaz de dançar, agachar-se, apontar e "sentir" o chão com sensores implantados nos pés, e não cai, mesmo quando é empurrado. Este robô foi escolhido para a experiência devido à sua capacidade extraordinária de imitar a locomoção humana.

À medida que os sinais cerebrais de Idoya chegavam aos ativadores de CB, a missão da macaca era manter o robô caminhando em um ritmo constante por meio da atividade cerebral dela. Ela podia ver a parte anterior das pernas de CB em uma enorme tela em frente à sua esteira, e recebia petiscos caso fosse capaz de fazer com que as articulações do robô se movimentassem em sincronia com os movimentos das suas pernas. Quando Idoya andava, CB caminhava exatamente no mesmo ritmo.

"Este é um pequeno passo para um robô e um passo gigante para um primata" - disse o diretor do experimento - "Demonstramos ser possível transmitir sinais para o outro lado do planeta na mesma escala de tempo em que funciona um sistema biológico. Aqui o alvo foi um robô. Mas poderia ter sido um guindaste. Ou qualquer ferramenta de qualquer tamanho ou magnitude. O corpo não conta com um monopólio quando se trata de concretizar os desejos do cérebro".

Nicolelis diz que ao se inserir os mesmos eletrodos um pouco mais profundamente no cérebro, deverá ser possível registrar a atividade cerebral envolvida na movimentação e na intenção de mover o braço. Os braços paralisados dos pacientes serão então colocados em um exoesqueleto ou invólucro equipado com motores e sensores que enviam sensações de toque de volta ao cérebro. "Eles deverão ser capazes de movimentar os braços com os seus pensamentos", afirma Nicolelis.

Editor: Realmente, é a ficção científica tornando-se realidade! Lembram do implante de mão biônica em Luke Skywalker...?

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